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Lo Inevitable

Antonio Orozco

Lo Inevitable

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Inesperadamente
Desesperadamente
Inevitablemente, tú
Y así tan de repente

Yo, que lo había siempre apostado todo
Yo, que por no esperar, no esperaba nada
Tú, que por no callar, me robaste el alma
Yo, que por escuchar, me quedé sin nada

Tú, que abarcabas más de lo que abrazabas
Tú, que decías tanto y más te callabas
Yo, que por más que iba, no te alcanzaba
Y resultó que el tiempo se me acababa

El menosprecio y la duda
Buscando en las ascuas
Que alguien apague el incendio
Que traigo en las alas

Inesperadamente
Desesperadamente
Inevitablemente, tú
Y así tan de repente

Yo que en tu mar de dudas me ahogaría
Sé que, por más que vaya, nunca vendrías
Mira, si es por creer, yo te creería
Y sé que cuando yo empiece, tú acabarías

Llevo algún tiempo sin viento
Y nadando sin agua
Que alguien te arregle la noche
La suerte y la cama

Inesperadamente
Desesperadamente
Inevitablemente, tú
Y así tan de repente

El compromiso en la cuna
Y el amor en la parra
Que alguien encienda la luz
Y que me alumbren el alma

Yo, que lo había siempre apostado todo
Yo, que por no esperar, no esperaba nada
Tú, que por no callar, me robaste el alma
Yo, que por escuchar, me quedé sin nada

Tú, que abarcabas más de lo que abrazabas
Tú, que decías tanto y más te callabas
Yo, que por más que iba, no te alcanzaba
Y resultó que el tiempo se me acababa

El menosprecio y la duda
Buscando en las ascuas
Que alguien apague el incendio
Que traigo en las alas

Inevitablemente, tú

Inesperadamente
Desesperadamente
Inevitavelmente, você
E assim tão de repente

Eu, que sempre apostei tudo
Eu, que por não esperar, não esperava nada
Você, que por não se calar, me roubou a alma
Eu, que por escutar, fiquei sem nada

Você, que abraçava menos do que poderia
Você, que dizia tanto e mais se calava
Eu, que por mais que tentasse, não te alcançava
E acabou que o tempo estava se esgotando

O desprezo e a dúvida
Buscando nas cinzas
Que alguém apague o incêndio
Que trago nas asas

Inesperadamente
Desesperadamente
Inevitavelmente, você
E assim tão de repente

Eu que me afogaria no seu mar de dúvidas
Sei que, por mais que eu vá, você nunca viria
Olha, se é por acreditar, eu acreditaria em você
E sei que quando eu começar, você acabaria

Estou há um tempo sem vento
E nadando sem água
Que alguém arrume sua noite
A sorte e a cama

Inesperadamente
Desesperadamente
Inevitavelmente, você
E assim tão de repente

O compromisso na infância
E o amor na videira
Que alguém acenda a luz
E ilumine minha alma

Eu, que sempre apostei tudo
Eu, que por não esperar, não esperava nada
Você, que por não se calar, me roubou a alma
Eu, que por escutar, fiquei sem nada

Você, que abraçava menos do que poderia
Você, que dizia tanto e mais se calava
Eu, que por mais que tentasse, não te alcançava
E acabou que o tempo estava se esgotando

O desprezo e a dúvida
Buscando nas cinzas
Que alguém apague o incêndio
Que trago nas asas

Inevitavelmente, você

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